terça-feira, 25 de maio de 2010

Igreja de S.Pedro

O aumento demográfico de vila real tornou pequena a vila muralha, levando a população a espalhar-se pelas cercanias procurando a zona mais alta para residir. Os habitantes, que viviam mais afastados, sentiram dificuldade em frequentar os sacramentos na igreja de s. Dinis. Por esse motivo, em 1528, foi construída outra, maior, no lugar onde existia a capela de s. Nicolau. Dedicado a S. Pedro, foi patrocinador D. Pedro de Castro, protonotário apostólico e abade da igreja de S. Salvador de Mouçós.

A fachada, dividida em três segmentos verticais, mostra uma porta, de colunas lisas, fechadas por pilastras concluídas por capitéis compósitos. O conjunto é embelezado pelo brasão pontifício, personificando o padroeiro da igreja. No topo da parte central abre-se um nicho. Este segmento é concluído por uma cruz papal, de três braços horizontais.

Na parte inferior dos segmentos laterais, que contem as torres, abrem-se nichos decorados com elementos curvilíneos. Albergando imagens de santos, as tribunas são rematadas por janelas de frontispício boleado. As torres sineiras são finalizadas com balaustradas.

A capela-mor é iluminada por janelas, com parapeitos revestidos de talha dourada. O tecto, guarnecido por caixotões decorados com relevos dourados, tem ao centro o símbolo de S. Pedro, ladeado por imagens de anjos. A decoração das paredes é enriquecida com painéis de azulejos: um representa a sagrada custódia e o outro é ilustrado com o brasão do mecenas, Domingos Botelho de Afonseca, fidalgo da casa real.

O altar-mor, de estilo neoclássico, é constituído por tribuna com tela pintada, representando Cristo a entregar as chaves da igreja a S. Pedro. Datado de 1933, foi da autoria de António Alves. A igreja está também protegida por um tecto em forma de berço, com cinquenta painéis decorados com figuras de anjos e festões.” Molduras, cornijas e florões em talha barroca, dourada e policromada, limitam os painéis dando à igreja um ambiente de festa”.

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